quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Fim Da Webjet




Gol encerra a webjet
Gol anuncia o encerramento das atividades da Webjet


Não existe a possibilidade de a Gol reverter o encerramento das atividades da Webjet, assim declarou Paulo Kakinoff, presidente-executivo da companhia, que reuniu-se em Brasília com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bitterncourt.

“A decisão está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos mais com os aviões Boeing 737-300, que têm 21 anos de uso e consomem 30% a mais de combustível [que os aviões Boeing 737-800 operados pela Gol]”, explicou Kakinoff. O executivo lembrou que as despesas com combustíveis representam aproximadamente 45% dos custos de aviação da companhia. 

A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões.

A compra foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 10 de outubro último, condicionada ao cumprimento de um acordo para garantir um patamar de 85% de eficiência na operação dos slots do aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

A Gol afirmou, após o aval do Cade ao negócio, que pretendia concluir a integração da malha da WebJet em dezembro, divulgando até o fim do ano um plano de sinergias que poderiam ser alcançadas.

As ações da Gol subiam 0,31% às 10h20, cotadas a R$ 9,71. No mesmo instante, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,19%.

Na sexta-feira 23/11, a Gol comunicou que 20 aeronaves da Webjet serão devolvidas até o fim do primeiro semestre de 2013, o que implica na demissão de 850 funcionarios. Desse total, 143 são técnicos (comandantes e copilotos), 400 de operação comercial e o restante é de manutenção. A Webjet tinha um quadro de 1.500 funcionários. Uma parte será absorvida pela Gol.

“A Gol opera no mercado nacional com aproveitamento de capacidade em torno de 70%, o que permite absorver a malha da Webjet e, com isso, mitigar parte dos custos excessivos”, afirmou Kakinoff. Segundo ele, as demissões estão ligadas ao excesso de funcionários após o fim das operações das aeronaves e ao mau momento do setor.

O setor de aviação brasileiro vive o pior ano de sua história, em termos de resultado. A Gol, especificamente, tem prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão.

Fonte: G1

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