terça-feira, 18 de junho de 2013

Viagens Corporativas espera crescimento de 10% no ano

O baixo crescimento da economia brasileira não é visto como um grande problema para o setor de turismo no País. Para um ano em que tanto o mercado como o governo projetam um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3% maior do que o de 2012, o setor de turismo aposta em um crescimento entre 8% e 10% na atividade, com destaque para o turismo corporativo.

O segmento empresarial movimenta mais recursos que a média dentro do setor de turismo e cresce também acima da média. No ano passado, esse segmento cresceu 13,3%, contra 8,6% de expansão do turismo de lazer. Neste ano, a perspectiva de aumento dos juros por causa da pressão inflacionária deve levar os empresários a buscarem novas possibilidades de negócio. Segundo o presidente da Associação das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), Edmar Bull,“sempre que os juros aumentam, cresce o número de viagens dos executivos”. “Com crise, o mercado corporativo se aquece, porque os executivos têm que viajar mais”, explica.

A expansão mais significativa do setor turístico costuma ocorrer no segundo semestre, movimento que deve se repetir neste ano com a possível retomada do crescimento do País. Ainda assim, o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Marco Ferraz, lembra que mesmo em 2011, quando o Brasil ingressou numa rota de baixo crescimento, o setor avançou 29% apenas no primeiro semestre.

Entre os motivos para o crescimento do setor, Ferraz cita o aumento da variedade de rotas e os investimentos na infraestrutura. Apesar disso, no ano passado, o faturamento cresceu ao mesmo tempo em que houve menor venda de passagens, em razão do aumento do valor dos pacotes.

Grandes eventos

A projeção de crescimento do turismo neste ano leva em consideração a realização da Copa das Confederações, em junho. Segundo Edmar Bull, da Abracorp, os grandes eventos esportivos mudarão o perfil dos turistas que vêm ao Brasil, mas não devem aumentar o número de viagens ao País. “O turista comum não virá ao Brasil nesta época, e o turista eventual vem. Há uma substituição”, coloca.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) Nacional, Antonio Azevedo, ressalta por sua vez que o setor não teme por problemas de transporte dos estrangeiros e defende que principalmente “a Copa do Mundo alavancou um avanço na área de aeroportos”.

Azevedo observou, porém, que a violência continua sendo um problema que afasta o turista internacional do Brasil, e afirmou que o estupro sofrido por uma turista norte-americana no Rio de Janeiro no último dia 30 de março “não é um caso isolado”.

Por Camila Souza Ramos, Do Diário Comércio Indústria e Serviços.

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